terça-feira, 8 de setembro de 2015

Tempo sem tempo...



O fogo do sol brilhava sobre a rosa pelas almas e corpos que se entregavam às delícias da paixão. Suavemente, as mãos dele deslizaram em todos os caminhos de beleza dela. E foi botão de rosa. O sol, timidamente, acariciava-a e, enternecido e os seus raios eram carícia. Sensações mil despertavam o desejo para que as pétalas viçosas e virgens se abrissem. O sol fugia e reaparecia numa intensidade cada vez mais apetecida. E ele dançou nela, envolvendo-a docemente nesse calor inebriante. E ela dançou com ele. E a pétala sangrou no seu abrir lento. A sedução era a entrega sem limites. E a primeira seiva de vida correu. Sorriu ao sol e o seu perfume foi oferta àquele calor acariciante. E o sol tomou-a inteira. A ternura da paixão conquistou-a até ao fundo da sua alma. Momento mágico de vida! As suas pétalas tinham-se aberto agora em plenitude. Milagre de vida e a rosa nasceu plena.

Ambos sorriam… neles uma primavera.