sexta-feira, 27 de junho de 2008

Estrela branca















Segurei a tua mão,
Na haste dos dedos das palavras
Na ausência de barulho
À flor do passeio,
Pedaços do tempo.
Silêncios… vazios de vida!
Que dispersa a tortura
De um coração sofrido.
O grito da alma
Que súplica umas gotas de amor.
Com a minha luz e força
Navegas pelo manto da estrela altair.
Bebemos junto o cálice da coragem
E no palco de ternura
As defesas ruíram,
Dançaram os segredos
Ao som da libertação.
A tua aura de menino voltou a sorrir
Em volta da estrela branca.
A realidade e a esperança caminham
Como uma asa à flor da terra.
Chamei-a olhos verdes
Mostrei-lhe as minhas águas
O vento passa calado.
Um novo começo pão e ceia
E a voz não acaba
Luz de candeia
Numa súplica de homem!

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segunda-feira, 23 de junho de 2008

Dança
















Sintonizamos os nossos corpos
apuramos os nossos sentidos,
rodopiamos numa dança de sensações,
o som de um violino
nos envolve
é magia e sedução
em nós.
Na pista,
somos mágico flutuar
nos teus braços
sou uma pluma...
sou cisne branco...
nesta dança inebriante.
Sem fim
sem limites
dançamos, até à exaustão...
sou levada às estrelas
seduzo o universo.
A dança, música e a ribalta
tudo é luz e cor
iluminam a nossa solidão
almas coladas
numa sintonia de Amar...
dançamos pela noite fora...


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domingo, 15 de junho de 2008

Feitiço















Corria...corria...
fugia talvez
do brilho
das estrelas
da felicidade
ele teimava
em desejar
saciar a vontade.
Rodopiando no ar
caindo no dourado
ofegantes
entrelaçados.
Os corações
pulsavam
a alma sorria
o corpo cobiçava
as mãos exploravam
ensandecidas
o mapa desconhecido.
Deitados,
de mão fundidas
reluziam...

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quarta-feira, 4 de junho de 2008

Nostalgia


















A noite cai lentamente e nela a nostalgia.Acaricia a saudade...Na gaveta, velhas lembranças, um diário, chave perdida, folhas amarelecidas pelo tempo. Olhares de Cinderela. Um trevo, a primeira rosa, os versos não enviados. Páginas desfolhadas uma a uma, reflexo de segredos. Os anos passaram, os receios sobreviveram aos temporais. Sonhador, impulsiva comunhão de um sentir. Olhos fechados... corpo cansado, sofrido e chorado...o som do vinil... passos arrastados... sonhos verdes...pedaços de vida. Rosa ressequida sangrando de mãos ausentes.

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