domingo, 27 de abril de 2008
Maria(rapaz)
Chamavam-te "Maria Rapaz", tu não te importavas, era assim que te sentias bem,
no meio dos rapazes.
Gostavas de subir ás árvores, enfrentar os cavalos, participar nos jogos dos
rapazes e fazias parte do clube de futebol da tua aldeia.
O teu rosto transbordava felicidade, tinhas a liberdade dos pássaros e corrias
como o vento.
Ajudavas quem precisava de ti, mesmo que nesse dia tivesses que ficar sem a
brincadeira.
Cresceste de repente, a vida assim o quis.
Os anos foram passando, a Maria rapaz desvaneceu-se da rebeldia e transformou se
numa linda adolescente
Oferecias alegria, cantavas e dançavas como ninguém.
Adoravas contar-me as tuas aventuras,
Eu ouvia-te embevecida!
momentos mágicos completa sintonia.
Tenho saudades tuas!
singularidade
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Sonhos
Fecho os olhos, inspiro, e sorrio.
É hoje! É agora!
Que me deito… e deleito
Entre seda pura e odores mesclados.
É hoje que as nossas almas vagueiam destemidas
A colorir os nossos dias enleados em paixão.
O teu nome ficará tatuado em mim
Para que o sentimento mais puro que temos,
Fique eternizado nas nossas noites mágicas.
Noites em que me envolvo em quimeras
Saindo por aí, sem pressa,
Sorvendo a vida assim, entre sonhos e fantasia.
singularidade
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Hoje vesti felicidade
Hoje vesti felicidade
sinto a luz
a calmaria
a tranquilidade
alegre do mundo.
Hoje vesti felicidade
Um novo dia leva-me
em profunda sintonia
ao perfume dos sorrisos.
Hoje vesti felicidade
nas baladas tocadas à beira mar
ternos acordes,
sonho em mil cores
pureza de um dia.
Hoje vesti felicidade
em paz
na brancura da alma
por tempo indeterminado...
singularidade
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Mensagem
Entre o dormir e o acordar….o confronto com a mente. Perder-me nos sonhos e pesadelos… é sempre arrepiante esta capacidade de sentires com intensidade. Os sentimentos e emoções em movimento persistentes. O desenvolvimento de um turbilhão de pensamentos.
E o mar chama por mim. Uma praia só para mim. As minhas pegadas são as primeiras do dia.
Os penhascos projectam-se no mar… A imensidão, o som do vento, o rolar das ondas, areia dourada e, ao largo, os barcos a pescar e as gaivotas a circular. A paisagem é deslumbrante e um trilho leva-me a ver o mar, o infinito…
Sentada na areia, sinto a frescura no rosto e ouço apenas o som do mar. Os olhos fecham-se….conto-lhe os meus segredos…gosto de conversar com o mar – é a calma! Caminho pela praia, avisto algo a ser empurrado pela transparência da água. É uma garrafa e dentro dela uma mensagem. Quantas milhas percorreu? quantos metros?
Ansiosa, inquieta, leio a mensagem. Palavras simples….«Você está Viva! Não perca tempo à procura da felicidade. Ela é feita de momentos. Viva cada momento com intensidade.».
A tempestade estoirou. Apanhada em plena praia, corria, corria com a mensagem apertada na mão como se fosse um tesouro. Voltei para trás, coloquei-a novamente na garrafa e atirei-a ao mar. Quem sabe se alguém vai precisar dela como eu? Fustigada pelo vento e a chuva a cair, eu corria sem parar. Não fugia da chuva, ia ao encontro do sol!
singularidade
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Voz
A voz teve força
para caminhar
e nas veredas da escrita
deixou o eco no coração.
A alma chorou
o corpo sangrou
e a esperança ressurgiu
na beleza de palavras.
Perdida em mim
em sombras
caminhante na vida
Estrela cadente.
Uma rosa
um poema
alento ternurento
lágrimas de emoção
estendi a mão.
Almas num entrelaçar.
Todos os versos
chamam pelo teu rosto...
singularidade
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Sol
Fico á janela enquanto a noite desce.
Vivo iludida!
Ah! Quem me dera ter
sempre a tua ternura em meu peito
À hora triste do entardecer.
há tantas coisas,
que não dizes e eu sei!
Leio-as quando passeio
meus olhos pelos teus.
Tudo é espontâneo
e ao mesmo tempo doloroso
quando amamos.
Gosto de ti!
Não sei porquê?
Apetece-me abraçar-te.
Por dentro
tens o sorriso mais sincero.
És de uma beleza inexplicável
pelas diferentes lentes
com que me obrigaste a olhar a vida.
Todo o tempo que passamos
foi muito pouco
e custa-me dizer-te até...
Ficam as recordações
a vaguear pela noite,
embriagando-me de abismos
em que me enleio completamente.
Ao raiar da aurora
vejo o sol a caminhar,
vem acariciar a minha face macia
e dá-me asas
que me levam a sobrevoar os céus.
irradiando sons,
de ternuras infindáveis...
singularidade
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Vento
Fecho os olhos,
deixo-me levar
pelo vento,
abro os braços
entrego-me
ao rasto da tua alma
que me acalenta
o coração.
És a brisa
acariciando-me a pele
num suave toque
de pontas dos dedos,
voamos... em plena liberdade.
Livre com um pássaro
em ti
gestos que dançam e
encantam
e espalham sons
de um furacão
num turbilhão de sensações.
Ondulamos no céu,
e o vento cessou...
adormeço no teu silêncio.
singularidade
terça-feira, 15 de abril de 2008
Asas para voar
Sinto-me perdida
atada
sem forças
para partir
os grilhões
da vida,
a tristeza desflorou
cheia de mágoa e dor...
percebi de repente
ter asas
o desejo em mim
incontrolável
de voar...voar....
Mudei de rosto
abri as asas
pelos céus
nadei no vento
bebi lágrimas
a alma pairou
caio na terra
mergulho no fundo
o medo esvai-se
aprendi a amar....
sensação de liberdade...
singularidade
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Espelho
Amanhece no meu quarto a esperança
mas vejo no teu semblante sofrido
o reabrir de janelas partidas,
onde o teu olhar caminheiro
acende na maré do sonho a vida,
entre todas as cores num bailado de luzes,
como se fora um rio gritando no silêncio.
Quem chora ou ri, pensando além
e se despede do dia cobrindo-se c’o a noite?
P’la manhã tua face reaparece sorrindo
e jubilosamente corres atrás do mundo
não numa ilusão efémera e estéril
mas num futuro esperado e sonhado
em que brilha o teu sorriso no espelho da vida.
singularidade
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Saudade
Em cada alvorada,
Tecem-se palavras
De amor e carinho,
Que flutuam no céu.
Enlevam uma doce saudade,
Que faz latejar o coração.
O dia sorriu com pétalas de Sol,
Sobre o manto azul bordado a ouro e marfim,
Tatuando a palavra saudade.
Da essência do perfume…jasmim,
Chama de lanterna… luz que aqueceu a alma.
Saudade do tempo… sem tempo,
Acalentando esperanças vindouras.
Desmaia o dia, navega a noite na terra árida e fria.
singularidade
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Rosa Negra
Dormia e sonhava
o lábio sorria
enfeitiçada
cheia de alegria
cantava, e dançava
num mar de rosas
enlevada nas ondas
paixão,
seducão,
prazer,
exaltacão...
A tua voz dentro
de mim
numa doce ousadia
sedenta
devora-me
matando a sede
de uma eterna loucura.
Numa explosão de pétalas
renascia a rosa negra.
O poeta escreveu poesia pura.
singularidade
terça-feira, 8 de abril de 2008
Ausência
Olhos perdidos
no mar
e o céu insondável
a contemplar
no cristal da alma
uma vida cheia
de devaneios,
infinitamente desfeitos.
Refugio-me
num sorriso triste
num olhar despido
num vaguear em nada.
Grito
surdo
sufocado
numa agonia
o coração abre-se
alimenta o amor
esconde o segredo
A dor advém
do desejo em mim
numa teia de ilusões.
Teu olhar seduz
a alma reluz
numa saudade eterna
A ausência dói...
singularidade
Subscrever:
Mensagens (Atom)