
Em direcção ao Poente,
por entre giestas e tortuosos caminhos,
vai a ninfa pelo crepúsculo.
O sol escondeu-se há pouco
e nela deixou as suas marcas.
A noite é silenciosa e fresca,
exalando um cheiro a maresia
onde ocultamente o aroma
a sémen e verdura dão o mote à criação.
Rodopiando, o vento agreste
sopra, sacode e canta uma melodia
e nesta serenidade tudo se encaixa,
som sem música, alma ferida,
com ondas em brancos mantos
Escondem segredos, mistérios.
banhada pela magia, por encanto
ouve-se o cântico das rutilas estrelas
e no ar, divinamente, um murmúrio paira.
singularidade