sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Maravilhoso fim de semana



Era uma vez duas meninas Beatriz e Inês. Eram irmãs gémeas. Tinham sete anitos, andavam na segunda classe e gostavam muito de pregar partidas aos amigos, fazendo-se passar uma pela outra.
Convidaram uma amiguinha da escola para passar o fim-de-semana com elas.
Ansiosas, as gémeas contavam pelos dedos os dias que faltavam para estarem as três juntas. Beatriz queria mostrar à amiga um sítio especial, o seu lugar preferido, quando estava zangada ou tinha necessidade de falar com o seu amiguinho imaginário. Refugiava-se em cima do telhado da enorme casa de bonecas que estava na varanda do andar onde viviam. Inês tinha uma outra ideia e queria pô-la em prática sem falhar o seu objectivo. Pediu à mãe para fazer as bolachas que costumam fazer na época de natal. Mãe e filhas passaram a tarde a fazer as bolachinhas e mais um bolo de chocolate para presentear a visita especial, a amiguinha Mafalda.
Pela primeira vez, tinham uma amiga a passar o fim-de-semana com elas. Era preciso pensar onde a amiga iria dormir, pois a cama delas era pequena para três pessoas. Mas Beatriz teve a brilhante ideia de pedir à mãe para colocar o colchão que tinham de reserva no meio da cama delas e assim tinham a amiga mais próxima delas. O dia chegara finalmente e as pequenitas estavam muito contentes e tinham acabado de terminado as tarefas escolares antes de Mafalda chegar. Já podiam ir brincar descansadas, iriam aproveitar o tempo para as suas brincadeiras favoritas.
A campainha toca às três horas em ponto daquele inesquecível sábado. Com um brilho nos olhos, as duas irmãs abrem a porta acompanhadas pela mãe.
Brincaram tanto que nem lanchar queriam, não fosse a mãe lembrar que tinham que comer senão não teriam força para continuarem a brincar. O tempo passou rápido e já eram horas de irem dormir. Pela primeira vez, dispensaram a história habitual que a mãe ou o pai lhes contam antes de adormeceram.
A mãe das gémeas recomenda que são horas de dormirem para no dia seguinte poderem continuar a brincar até os pais da Mafalda a virem buscar.
Passados uns minutos, a Inês incentiva a irmã e a amiga a irem à cozinha comer umas bolachinhas. Sim vamos, disse a irmã, mas Mafalda fica em silêncio. As gémeas levantaram-se pé ante pé dirigiram-se à cozinha. Mafalda, aflita, diz ter medo do escuro. Beatriz prontificou-se a acender a sua lanterna. Não faças isso que os pais acordam. Mafalda não tenhas medo o escuro, é o contrário do claro. Voltou para traz e pegou na mão da amiga, anda lá, não tenhas medo. A mãe diz que é natural as crianças terem medo, faz parte do nosso desenvolvimento. A mãe também confessou que, quando era criança, tinha medo do escuro e dormia com os seus bonecos preferidos. Eles davam-lhe segurança.
Levaram as bolachas para o meio da sala e, sentadas em almofadas, comiam com apetite as bolachinhas de natal. Não resistiram ao cansaço e acabaram por adormecer.
Os pais da Inês e Beatriz, que estiveram sempre atentos, levaram as miúdas de volta para a cama. Mafalda sentiu o conforto de uns braços, aninhou-se, e começa a falar muito baixinho, não tenho mais medo do escuro. Emocionada, a mãe das pequenitas beija Mafalda ao deitá-la na cama provisória.
O casal abraçado, com um sorriso nos lábios, olha embevecido para as três crianças que dormiam profundamente.
Elas são a alegria e a pureza da nossa vida.

7 comentários:

Parapeito disse...

que bom"ternura" ver-te de novo pelo parapeito e ainda mais por aqui. Bonito fim de semana o daquelas catraias...De certeza que vai ficar mas suas mais boas recordações...assim o dá a entender as tuas palavras tão cheias de sentido e ternura.
Brisas doces para todos os que viveram aquele fim de semana e para ti um abraço ruim de saudades*

Nilson Barcelli disse...

Bonita história.
Transpirada de carinho...
Isa, querida amiga, tem um bom resto de domingo e uma boa semana.
Beijo.

Isa Lisboa disse...

Um dia perdemos o medo do escuro... também vamos deixando a meninice para trás, mas é um preço a pagar...
Gostei de conhecer a tua escrita! :)

Nilson Barcelli disse...

Então?
Não publicas?
Eu espero...
Fica bem, beijos.

Parapeito disse...

hummmm...mas que estrela mais errante...
Brisas doces para quando apareceres**

Anónimo disse...

Passei por aqui e gostei do seu blog, é simples e acolhedor.
Falando desta história,gostei muito ,transmite frase a frase um sentimento de carinho.. parabens pelo blog, vou segui-la :)

Unknown disse...

Isa, minha querida amiga!

Como a ausência dura tanto tempo! Que ficamos sem tempo para nos recordarmos uns dos outros...

Fico tão feliz por te reencontrar. Afinal fostes das minhas primeiras amigas dos blogs...

No meu lado existem mais noticias tristes do que alegres! Mas, eu como sabes transformo as tristezas em alegrias pelo simples facto de estar vivo...

Depois, no meio das tristezas também vou lá metendo coisas tão belas que me preenchem a vida e que no meio da dor e do sofrimento afinal se transformam em mais uma das minhas belas melodias de fundo!

Tive o Câncer em fins de 2009 e o tratamento no IPO do Porto fiz radioterapia e fiquei bem no ponto que os médicos queriam e eu também...Infelizmente esse bichinho malfadado que me quer vencer e eu não deixo...Regressou e estou a fazer tratamento em casa e de meio ano em meio ano vou ao hospital S.Silva tomar uma injeção...

Não sei se já o sabias, publiquei o meu primeiro livro de poesias..."A Natureza e o meu poema"...Como as Editoras querem o dinheiro e o lucro do livro...Fui eu o Editor. Foi uma edição pequena mas está cá fora e oficialmente...Entrei em 6 Antologias Poéticas o que me encheu de felicidade pela importância das mesmas...

Para terminar...Por maus tratos, divorciei-me! Vivo sozinho mas feliz porque o respeito é bom e recomenda-se...

Bjnhs ZezinhoMota

(Gostei da tua história mas vê se a continuas...ZM)